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terça-feira, 10 de julho de 2012

DIA MUNDIAL DA LEI E TAMBÉM (POR COINCIDÊNCIA ?) DIA DA PIZZA


 Lei, no verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa "aquilo que se lê". A Lei é o conjunto de normas jurídicas que, são criadas através de de processos próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades competentes para o efeito; segundo o dicionário jurídico, a Lei é "Regra geral justa e permanente que exprime a vontade imperativa do Estado, a que todos são submetidos".


A Lei é produzida pelo Estado, sendo a Constituição da República Federativa do Brasil, a Lei fundamental do nosso País, tendo sido elaborada em 1988, com base na soberania popular, sendo também conhecida como a Constituição Cidadã.

Os preceitos da Constituição Brasileira, visam assegurar aos seus cidadãos dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, a liberdade... a igualdade e a justiça; está última, deveria ser cega, aos interesses políticos e mais preocupada em fazer valer os direitos que a nossa Lei Maior garante a todo cidadão.

Sendo assim, não poderíamos deixar de comentar neste dia de tão nobre celebração, que o processo pelo qual uma lei é elaborada, lamentavelmente, pouco tem a ver em nosso país, com os ditames e preceitos da nossa Carta Magna, mas com a iniciativa individualista de "ganhar vantagens", ou do pensamento leviano "que proveito posso tirar com ela"  que impera no executivo e legislativo.

O Congresso Nacional não discute o bem social, mas o bem "individual" de benefícios próprios, como um famoso personagem do saudoso Chico Anísio dizia " Pobre, eu quero mais que pobre morra". Parece ser esta a iniciativa dos nobres congressistas que elaboram, ou arquitetam projetos de leis sem fundamento.
Onde estão as leis que venham a garantir a educação, a saúde básica e a assistência jurídica DIGNA ao cidadão brasileiro ?

A história da Lei é muito interessante, por isso, resolvi compartilhar com os amigos deste blog e a todos que o visitam. Segundo o site Ius Civile, as sociedades civilizadas não conseguiam existir sem que houvesse um sistema jurídico desenvolvido, ou seja, normas que pudessem garantir seu desenvolvimento. A história, através de vários estudiosos, crê que o homem começou a formular leis nos tempos pré-históricos, antes mesmo do desenvolvimento das primeiras civilizações. Não havia, logicamente a lei escrita, por isso, dizem os estudiosos, não há registros destas leis, mas eram transmitidas oralmente de geração a geração (lembro-me das aulas de faculdade de Introdução ao  Direito, na matéria que explanava sobre o Jusnaturalismo).

Pois bem, os primeiros sistemas de escrita surgiam nas primeiras civilizações, por volta de 3500 e 3000 a.C., permitindo que o homem pudesse redigir seus códigos, normatizando a Lei, fazendo-o de conhecimento público, para que cumprisse seu papel na sociedade.


Os primeiros códigos de leis conhecidos, surgiram no reino da Babilônia, no Oriente Médio. O rei babilônico Ur-Nammu, editou cerca de 2100 a.C., o primeiro Código que se tem notícia. Outros reis que o sucederam, editaram novos códigos nos séculos seguintes. Um Código muito conhecido ao acadêmico de direito (volto a lembrar-me das aulas, em que era apenas uma neófita em direito), foi o Código de Hamurabi, sendo este, elaborado pelo Rei que deu nome ao Código, por volta de 1880 a.C., um dos mais complexos até então.
 Consistia em uma longa lista de regras, que visavam solucionar casos específicos, como por exemplo, questões de infidelidade da mulher, de roubo de animais e até mesmo de um serviço de pedreiro mal feito. Algumas punições do Código de Hamurabi, eram por demais severas, como por exemplo, um filho que batesse no pai, deveria ter suas mãos cortadas (quantos filhos teríamos sem mãos, se fosse nos dias de hoje, não é mesmo) 


Já entre 1000 a.C, o povo hebreu, do Oriente Médio, reuniu suas leis sociais e religiosas, através do grande líder hebreu, Moisés. Tal Código foi ditado pelo próprio Deus a Moisés, sendo incluído na Bíblia hebraica e em nossa Bíblia cristã. Sim, esta mesma, que usamos diariamente (aqueles que creem que, a Bíblia, é a nossa bússola para viver em comunhão com Deus, o conhecendo e fazendo a Sua soberana vontade), são os Dez Mandamentos, que transmitidos por Deus a Moisés, exerceram profunda influência em toda civilização oriental e ainda o fazem em nossos dias, sendo transmitidos de geração a geração. 


Vários outros Códigos foram organizados por muitas outras civilizações e muitos dão enfase ao aspecto moral dentro da sociedade. 


Muitas sociedades, como a nossa, teve um lento e atrasado desenvolvimento jurídico. Os historiadores, consideram os gregos, como grandes fundadores do direto. Atenas, foi o principal centro, onde o primeiro Código surgiu em 621 a.C, o Código de Atenas, que tronou-se famoso pela severidade das penas que reservava aos infratores, tendo sido elaborado por um político chamado Drácon. Até hoje, quando uma lei é muito severa, diz-se que ela é draconiana. Com o tempo, cidadãos eleitos foram conquistando o poder legislativo, dando início a um governo mais democrático, mas que, como outros povos, negava aos escravos os direitos do cidadão.  



Os gregos criam na importância do direito e que o respeito à lei era a marca do bom cidadão (nosso povo não poderia ter esta cultura ? ) O grande filósofo e professor Sócrates foi condenado à morte acusado de ensinar os jovens atenienses a desrespeitar a lei; Sócrates sabia que era inocente, mas aceitou sua sentença para mostrar que respeitava a lei (que exemplo de cidadania não ?).



Como já explanamos, a Lei, deveria servir como parâmetro para a justiça. Infelizmente vemos uma enorme diferença do que aprendemos na teoria, enquanto acadêmicos de direito; a lei que é o poder que emana do povo, deveria ser para o povo, para que, tivéssemos um Estado Democrático de Direito, onde as leis deveriam "funcionar", mas a cada dia nos deparamos com os noticiários alarmando que os responsáveis pela elaboração de nossas leis, agem como se estas não existissem para atender aos seus interesses obscuros. Colocam-se acima dela, pois a lei lhes faculta imunidade parlamentar, ou seja, vergonha e escândalos que quando vão à mídia, acabam pelo tempo sendo esquecidos, os Tribunais e CPIs da "vida" se prostituem por alguns trocados e conchavos políticos e acabam em PIZZA. 




E aqui, prezados, termino minha humilde explanação sobre este dia em que não há muitos motivos para comemoração, a não ser é claro, por uma boa pizza !!!! 






E por falar nela, já que falamos tanto sobre a lei, ao contrário do que se pensa, apesar de tipicamente italiana, a pizza, já era assada em outros fornos, como dos babilônicos, hebreus e egípicios há mais de 5000 anos, segundo o site Wikipedia. A novidade foi parar na Etrúria, na Italia.Os pioneiros gregos faziam a massa a base de farinha de trigo, arroz ou grão - de - bico.  Vale a pena pesquisar e saber sobre a história da pizza. Afinal, ela parece ser e estar muito mais celebrada do que a Lei. Até nossos legisladores comemoram com ardor, pois no Congresso tudo acaba em PIZZA !!! 


Se não pode celebrar o Dia da Lei (não estamos tendo motivos para tal),celebremos o dia da PIZZA !!!! Vai uma quentinha aí ? 


Andrea Tavares