Ameaças virtuais afetam crianças e adolescentes

17/02/2010 - 18h10

A Internet pode ser um lugar perigoso, plenamigo. De acordo com uma pesquisa divulgada no último dia 10, Dia Mundial da Internet Segura, 33% dos jovens brasileiros dizem ter um amigo que já foi vítima de cyberbullying(palavra inglesa que se refere a atitudes agressivas feitas pr meio da internet). O estudo foi divulgado pela organização SaferNet Brasil.

Um dos dados que chamam atenção na pesquisa é a prática do cyberbullying ou intimidação virtual, considerado um dos maiores riscos para os jovens brasileiros conectados à internet. Entre os educadores, 26% dizem que já souberam de casos envolvendo alunos de sua escola; 99% deles consideram que a escola tem compromisso com a discussão das medidas de segurança on-line; e 67% acreditam que o tema merece trabalhos urgentes de orientação.

Segundo os coordenadores da pesquisa, o objetivo do trabalho foi conhecer as principais fraquezas dos internautas e o significado, para as crianças e jovens, da chamada geração ‘multimídia on-line’. “É preciso que todos, em especial os adolescentes, entendam que cyberbullying não é brincadeira. A prática pode começar de forma simples, mas, com o tempo, pode ganhar proporções e agressividade até chegar à Justiça. Se a prática partir de pessoas maiores de idade, configura calúnia e difamação”, diz o diretor de Prevenção da SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm.

Segundo a coordenadora da Promotoria de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério Público Estadual, Vanessa Fusco Nogueira Simões, que também é especializada em cyberbullying, a internet facilita a realização de crimes. "Pela internet, o potencial de disseminar atos ilícitos é infinitamente maior e ainda há o requinte do anonimato propiciado pela tecnologia”. Ela destaca que perfis em sites de relacionamento com a foto e dados da pessoa servem de munição para os agressores.

Projeto de lei

Existe um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que cria o programa de combate ao bullying. A proposta precisa ser analisada pelas Comissões da Casa antes de ser avaliada pelo Senado. Você pode ler mais sobre o projeto aqui.

Com informações do Portal Uai.

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