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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

BULLYING (Esse tema foi abordado em uma de nossas palestras nas escolas )

Matéria Publicada no ig, nesta data; muito boa. Vale a pena se informar sobre o bullying e supervisionar os filhos. Ainda que não sejam Bully (a pessoa q pratica o bullying), é necessário cuidar para que não seja uma vítima deste mal !

Abordei  este tema em algumas escolas juntamente com o grupo acadêmico IHERING, do qual faço parte e sou representante há 3 anos. Foi muito gratificante ver a participação dos alunos,este tema chama a atenção deles,pois muitos já foram vítimas de bullying, mas tem vergonha de admitir.

Fizemos uma pesquisa, onde não era preciso colocar nome e ficamos surpresos com os relatos recebidos.
Aqueles que estiverem interessados podem acessar o blog : www.projetoeuqueromeusdireitos.blogspot.com

ou enviar e-mail,caso estejam interessados na palestra em sua escola (RJ)
E-MAIL: projetoeuqueromeusdireitos@ig.com.br
andreantavares@ig.com.br

MATÉRIA IG.

Especialistas aconselham que os pais de crianças que praticam bullying controlem suas próprias reações e analisem a situação ao ficar sabendo do comportamento dos filhos.
“Respire fundo e não entre em pânico. Resista à tentação de reagir de forma defensiva, eximindo seu filho de tal característica. Tente entender que seu filho pode estar testando comportamentos”, declarou em um informativo Sally Kuykendall, professora assistente de serviços de saúde da Saint Joseph’s University, da Filadélfia.

Em alguns casos, os “valentões” na verdade são vítimas de bullying – atos intencionais e repetidos de violência física ou psicológica – e estão reagindo na mesma moeda. São as chamadas “vítimas provocativas”.“Os pais precisam levar em conta as habilidades sociais de seus filhos e também se eles estão ou não imitando a violência à qual foram expostos na mídia, na comunidade ou na própria casa”, explicou Kuykendall. Ela sugeriu que os pais conversem com os filhos e mantenham um diálogo constante. “Confronte as desculpas deles. Não permita que eles digam que ‘só estavam brincando’. Não deixe seus filhos culparem as vítimas ou inventarem justificativas para os ataques”, complementou.
“Se você acha que seu filho é uma vítima provocativa, você precisa se envolver na questão. Vítimas provocativas correm sérios riscos de cair em depressão, sofrer ameaças na escola e começar a usar drogas. Tente tirar seu filho da situação para que ele não caia em uma posição de perda de controle, quando os ataques são iminentes. Tente identificar um adulto cuidadoso para ficar de olho no seu filho e interromper o comportamento quando este ocorrer”, aconselhou a especialista.
Ela complementou que o acompanhamento dos filhos é essencial. “Ensinar os filhos a tratar o próximo com respeito deve ser uma conversa constante. Não espere dizer isso uma vez e nunca mais ter de dizer novamente”.
(Tradução: Claudia Batista Arantes)

Seu filho pode sofrer bullying escolar?

Presente nas escolas do país, saiba como detectar o problema e deixar seu filho longe da agressividade

Renata Losso, especial para iG São Paulo | 25/02/2010 12:44

Foto: Getty ImagesAmpliar
O bullying é um termo que denomina agressões físicas ou psicológicas
Geralmente iniciado por crianças e adolescentes aparentemente mais seguros de si, que zombam de colegas mais frágeis e tímidos, o bullying escolar é um termo em inglês utilizado para denominar agressões físicas ou psicológicas que ocorrem de um aluno para outro, repetidas vezes e intencionalmente. Cada vez mais notado nas escolas brasileiras por professores e pais de alunos, o bullying pode afetar a vida das crianças a partir dos cinco anos de idade. E requer muita atenção.

Geralmente, as vítimas do bullying são crianças mais quietas, pouco sociáveis e que não possuem muita habilidade para reagir a agressões. A fase mais recorrente do problema é a partir dos nove ou dez anos, quando a criança mais agressiva e praticante do bullying procura se reafirmar perante o grupo, adquirindo um status social de maior destaque. “O aluno que pratica Bullying costuma ser mais inseguro do que parece, mas se sente melhor diante da submissão do outro”, explica Luciana Blumenthal, psicoterapeuta da Clínica Multidisciplinar Elipse, em São Paulo. 

O que diferencia o bullying das brincadeiras e divergências normais entre crianças é que ele acontece repetidas vezes e não tem uma motivação clara. “Se tiver uma razão, por exemplo, como um colega revidar porque foi chamado de algo que não gostou, não é bullying”, explica Soraya Escorel, Promotora de Justiça de João Pessoa, na Paraíba, e organizadora do 1º Seminário Paraibano sobre bullying escolar, que aconteceu em 2008. 

No ano de 2002, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA), hoje extinta, realizou um programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes de 11 escolas da cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento realizado, entre 5.875 estudantes de 5ª à 8ª série do município, 40,5% admitiram já terem se envolvidos em caso de bullying, sendo 12,7% autores, 16,9% alvos, e 10,9% em ambos. 

O médico pediatra Lauro Monteiro Filho, idealizador da ABRAPIA e atual editor do Observatório da Infância, afirma que o bullying atualmente existe em muitos lugares e deve ser prevenido por todos os envolvidos. “Além de a escola ter o dever de se comprometer com o problema, porque senão não há uma solução real, é necessária uma participação da família do agressor e do agredido”, afirma o especialista. 

Agressão virtual

Com o desenvolvimento da tecnologia, atualmente o bullying tomou também proporções virtuais. De acordo com estudo realizado por Ann Frisén, professora de psicologia da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, cerca de 10% de todos os adolescentes, entre 12 e 15 anos, são vítimas do cyberbullying. Neste caso, o problema pode se tornar ainda mais sério. 

As vítimas deste tipo de agressão não possuem escapatória. Quando o bullying acontece de maneira mais convencional, segundo a especialista, os alvos podem ser deixados em paz nos momentos em que estão fora da escola, como nos finais de semana e feriados. “Porém, no caso do cyberbullying, as vítimas podem ser agredidas por meio de SMS e websites, tornando ainda mais difícil de identificar o agressor”, explica Frisén. 

Por que o bullying acontece? 

Segundo Cleo Fante, educadora e autora do livro “Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz” (Verus Editora), o bullying pode surgir por diferentes motivos: carência afetiva, ausência de limites, práticas de maus-tratos em casa, entre outros. E as consequências destes fatores, tanto para o agressor como para a vítima, podem ser gravíssimas. 

“As vítimas deste fenômeno podem sofrer desinteresse pela escola, déficit de concentração e aprendizagem, queda do rendimento, absentismo e evasão escolar, além de baixa na auto-estima, estresse, transtornos psicológicos, depressão e suicídio”, escreve a especialista. Já os agressores acabam se distanciando dos objetivos escolares, passam a supervalorizar a violência e projetam esta postura para a vida adulta. 

O que fazer se seu filho sofre ou pratica bullying? 
Os sinais dados pelos envolvidos com o bullying são vários, principalmente entre as vítimas da agressão. Veja abaixo uma série de sintomas que podem ser notados e descubra como agir para evitar que as proporções do problema aumentem. 

Crianças que são alvos de bullyingComeçam a evitar a escola e inventam desculpas para não ir, podem dizer que não estão se sentindo bem, por exemplo 

Costumam evitar situações sociais e fogem de qualquer outro acontecimento escolar que não seja obrigatória

Contam os dias que faltam para as aulas terminarem 

Se ele sofre na escola, pode colocar todo o sofrimento para fora em casa, se mostrando extremamente irritado com os pais e irmãos

Pede para trocar de escola constantemente

Apresenta um rendimento escolar mais baixo do que o observado anteriormente 

Crianças que são agressores 
Mesmo que pareçam muito bem e seguros, os agressores fazem comentários com soberba, colocando alguém como inferior, desvalorizando o próximo para se sentir melhor

É uma criança ou adolescente mais irônico, que faz piadas dos outros, muitas vezes por estar inseguro consigo mesmo
 
O que fazer? 
Se uma criança está sofrendo ou praticando bullying, é preciso reportar o assunto à escola para tratar o caso de uma maneira ampla – pais, alvo, agressor e orientadores pedagógicos. É importante que a escola não admita este tipo de comportamento e o trate como um assunto sério. 

Além disso, é essencial que o diálogo seja sempre mantido integralmente entre pais e filhos. Com um bom canal de comunicação, as crianças podem se abrir e tornar a resolução do problema mais fácil. Para Blumenthal, buscar a ajuda de um profissional da área terapêutica pode ajudar a criança agredida a se sentir melhor diante dos colegas. 

Caso o bullying vire de fato uma ameaça à integridade física e moral da criança, a Promotora Soraya Escorel indica que o caso seja denunciado à Vara da Infância e Juventude mais próxima.