RÁDIO COMUNIDADE SHALLOM

HORA CERTA P VC

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O DIVÓRCIO

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua 
mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e 
jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos. 

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer 
a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto 
calmamente. 

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou 
em voz baixa: "Por quê?" 
Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres 
longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos 
mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim 
do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta 
pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu 
simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. 
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para 
ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa. 

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem 
vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com 
dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que 
disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar 
alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado 
enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas 
finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora. 

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa 
escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, 
pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane. 

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, 
escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir. 

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada 
meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que 
durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais 
natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus 
exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se 
bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais. 

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do 
momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos 
casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para 
fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava 
completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos 
dias ainda mais intoleráveis. 

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e 
achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim 
vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o 
divórcio" ,disse Jane em tom de gozação. 

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, 
então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi 
totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está 
carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do 
quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter 
caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os 
olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu 
balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que 
atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o 
trabalho e eu dirigi para o escritório. 

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, 
eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito 
tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido 
nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava 
ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por 
uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste 
estado. 

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com 
o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim. 

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada 
dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus 
músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei. 

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma 
série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela 
disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi 
que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em 
carregá-la nos últimos dias. 

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta 
dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e 
toquei seus cabelos. 

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de 
você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as 
manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho 
e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de 
perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. 
Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala 
para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a 
segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento. 

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a 
segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas 
pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando 
estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o 
tempo". 

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro 
endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi 
as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a 
ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar". 

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com 
febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não 
vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos 
valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. 
Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do 
nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos 
separe. 

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a 
porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei 
para o carro e fui trabalhar. 

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de 
rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de 
escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços 
todas as manhãs até que a morte nos separe". 

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um 
grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei 
minha esposa deitada na cama - morta. 
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu 
estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com 
ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos 
de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso 
filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu 
filho, eu sou um marido carinhoso. 

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num 
relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no 
banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não 
proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo 
de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los 
próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz! 

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer. 

Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento. 
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão 
perto do sucesso e preferiram desistir.. 


(Este e-mail tem circulado na internet, seu autor é desconhecido, mas certamente é alguém que aprendeu que o tempo passa, e o amor que não é cuidado se esfria até acabar...)

Seja sábio, cuide do que Deus te deu. O erro que você vê no outro, pode ser nada mais do que o reflexo do que VOCÊ tem sido para o outro.

DEUS TE ABENÇOE !!

SHALLOM

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